Explorando a Diplomática

Posted: sexta-feira, 18 de junho de 2010 by Priscila Taíssa in Marcadores:
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Tentando formalizar alguns conceitos estudados ao longo do curso vamos discorrer sobre os textos do José Augusto Guimarães e o capítulo 1 da Duranti, que estão na nossa página de textos.
Diplomática “é a disciplina que estuda a gênese, as formas e o trâmite de documentos arquivísticos e sua relação com os fatos representados neles e com seu criador, com o fim de identificar, avaliar e comunicar sua verdadeira natureza.” (DURANTI)
Apesar de a princípio ser utilizada somente para se avaliar a autenticidade de documentos do período medieval, seus métodos podem muito bem ser utilizados nos documentos modernos e isso foi percebido por Duranti. Nada impende que essa prática também seja utilizada em documentos pessoais, mas com fins arquivísticos seu objeto será somente o documento de arquivo, “um documento criado ou recebido por uma pessoa jurídica no curso de uma atividade prática.” (DURANTI)
Mas a Diplomática não analisa somente o suporte, a forma e o conteúdo do documento, “quando examina criticamente um documento, a Diplomática estuda: o fato e a vontade que o originou, em quanto se relaciona ao propósito e à consequência... O estudo do conteúdo do documento é estranho à Diplomática, porque é a autenticidade, a validade, a autoridade e plena compreensão do conteúdo o que a Diplomática se esforça em averiguar, quando observa os diferentes elementos do documento.” (DURANTI)
Por essa questão a disciplina é tão importante para a arquivística. A análise Diplomática e Tipológica vai nos dar a base para se iniciar os trabalhos arquivísticos, principalmente no que se refere à classificação e para compreender o inter-relacionamento e a organicidade dos documentos. Como podemos ver a Diplomática é sim uma ciência e o que a caracteriza como tal, segundo Duranti, é que ela possui um objeto de estudo – o documento – uma teoria sobre ele e uma metodologia, que permite analisá-lo. A Diplomática já foi uma ciência auxiliar da história assim como a paleografia, mas, hoje em dia, o conceito de documento diplomático foi redefinido, criando assim uma Diplomática contemporânea, que passa a influenciar diretamente as práticas arquivísticas caracterizando-a como ciência autônoma.

Esse post foi feito em resposta à tarefa realizada no dia 10 de junho no Blog-Mãe. Respondemos às perguntas do Blog Hora de Comunicar. Clique aqui

4 comentários:

  1. Priscila,

    Seu texto ficou bom. Em algumas partes, pelo meu entendimento, ele possui algumas contradições, mas a idéia geral ficou boa. Além disso, você faz um recorte muito bom da diplomática contemporânea, que além da autenticidade busca entender a gênese documental.

    Enfim...

    Parabéns!

  1. Muito obrigada Flávia. Creio que o trecho no qual você encontrou a contradição foi esse: "O estudo do conteúdo do documento é estranho à Diplomática, porque é a autenticidade, a validade, a autoridade e plena compreensão do conteúdo o que a Diplomática se esforça em averiguar, quando observa os diferentes elementos do documento."

    Fiz uma tradução livre do texto da Duranti. A contradição está quando digo que o estudo do conteúdo do documento é estranho à Diplomática e logo após que a disciplina se foca na plena compreensão do conteúdo.
    Pelo o que eu entendi, a Diplomática realmente não se foca no estudo do conteúdo do documento, mas se esforça para que outras pessoas possam ter uma boa compreensão dele, que seu entendimento possa ser garantido.
    E aí? O que você acha?
    Abraços.

  1. Galera do grupo, podem me passar os emails de vocês, preciso entrar em contato...

    Valeu!!

  1. Olá, nossos e-mails estão disponíveis na página Contato, bem lá em cima, ao lado de Quem Somos.
    Disponha.