Os Irresistíveis falsários
Posted: quinta-feira, 1 de julho de 2010 by Priscila Taíssa in Marcadores: Exercícios de DiplomáticaDepois de termos assistido a essa comédia na aula de Diplomática, nossa tarefa consiste em analisar a autenticidade histórica, diplomática e legal de alguns documentos que aparecem no filme, além de analisar também sua veracidade. Lá vai:
O quadro de Eva Braun:
Um perito em arte alega que tal quadro foi mesmo pintado por Hitler e que ele próprio – o perito – estava presente no momento em que o quadro foi pintado. Para o comprador a palavra deste perito e suposto amigo de Hitler garante sua autenticidade e veracidade. Contudo, o quadro não é diplomaticamente autêntico. Sua produção não foi feita e ele não foi assinado pelo verdadeiro produtor. Se analisarmos mais profundamente, é provável que, a tela, o tipo da tinta e dos pincéis utilizados não são iguais aos que Hitler utilizava. Agora, historicamente falando, se a história que o perito contou for verdadeira, o quadro pode ser considerado historicamente autêntico, por retratar um fato realmente ocorrido. Se esta suposição estiver correta também poderá ser considerado verídico, porque a informação gravada nele é verdadeira. Contudo, mesmo que a informação a respeito da viagem seja verdadeira, não podemos falar com cem por cento de certeza que ele é verídico e historicamente autêntico porque o corpo da mulher pintado não é o da esposa de Hitler e sim o de uma outra mulher esolhida pelo falsário. Vai que a mulher de Hitler não tinha tantos pelos em baixo do braço, então a informação não seria verídica. Porém, visto tudo isso, se o perito tiver autoridade para atestar que o quadro é genuíno, ou seja, que ele é verídico e autêntico, ele também poderá ser considerado legalmente autêntico.
Os diários de Hitler:
Vários peritos atestaram a autenticidade desses diários, mas num certo momento utilizaram a carta também produzida falsamente para atestar com mais precisão sua autenticidade e veracidade. Devido a isso eles poderiam ser considerados legalmente autênticos, mas não o foram, logo que, após a publicação da revista, a farsa foi desmascarada. Eles não são verídicos nem historicamente autênticos porque as histórias contadas não foram vividas por Hitler e sim pelo falsário. Também não são diplomaticamente autênticos. Como vimos no filme, o F colocado no lugar do A, de Adolf, gerou algumas discussões a respeito da autenticidade dos diários. Também após a publicação da revista atestaram que a idade do papel utilizado não poderia ser compatível com a época em que Hitler supostamente os escrevera. Portanto não são nem legalmente, nem historicamente, nem diplomaticamente autênticos muito menos verídicos.
A carta de Hitler que atesta a autenticidade dos diários, pedida ao Prof. Knobel, quando ele estava com um surto de febre.
Como foi dito anteriormente essa carta foi utilizada para atestar a autenticidade dos diários. Mas somente um elemento foi questionado, a grafia. Diplomaticamente falando, todos os elementos desses documentos deveriam ser estudados para que sua autenticidade fosse comprovada. E legalmente falando, esses documentos deveriam ser diplomaticamente autênticos e verídicos para que possuíssem fé pública. A autenticidade histórica está ligada somente ao conteúdo dos documentos, por isso, se são historicamente autênticos também são verídicos. De certa forma as informações desses documentos são verídicas quando ligadas ao falsário, mas já que todos se referem a Hitler não podem ser considerados verdadeiros. Essa carta durante certo momento foi considerada autêntica, mas creimos que uma futura análise do papel e dos elementos internos e externos do documento tenha excluído essa possibilidade. Do nosso ponto de vista ela é legalmente, diplomaticamente e historicamente inautêntica e não é verídica, pois, não foi Hitler que vivenciou tais informações contidas nela, nem a assinatura pertence a ele, nem a grafia. Para o falsário ela é verídica porque ele as vivenciou, para a história não.
Para concluir:
Achamos que os documentos até podem ser considerados, por um certo momento, diplomática e legalmente autênticos mas só até o momento em que são descobertos que são falsos. Mas não são verídicos e nem historicamente autênticos, exceto o quadro que tem uma questão peculiar. E se esse quadro pintado por Hitler realmente existe? Então o quadro falso poderá ser uma réplica e por isso verídico e historicamente autêntico? Será?
O quadro de Eva Braun:
Um perito em arte alega que tal quadro foi mesmo pintado por Hitler e que ele próprio – o perito – estava presente no momento em que o quadro foi pintado. Para o comprador a palavra deste perito e suposto amigo de Hitler garante sua autenticidade e veracidade. Contudo, o quadro não é diplomaticamente autêntico. Sua produção não foi feita e ele não foi assinado pelo verdadeiro produtor. Se analisarmos mais profundamente, é provável que, a tela, o tipo da tinta e dos pincéis utilizados não são iguais aos que Hitler utilizava. Agora, historicamente falando, se a história que o perito contou for verdadeira, o quadro pode ser considerado historicamente autêntico, por retratar um fato realmente ocorrido. Se esta suposição estiver correta também poderá ser considerado verídico, porque a informação gravada nele é verdadeira. Contudo, mesmo que a informação a respeito da viagem seja verdadeira, não podemos falar com cem por cento de certeza que ele é verídico e historicamente autêntico porque o corpo da mulher pintado não é o da esposa de Hitler e sim o de uma outra mulher esolhida pelo falsário. Vai que a mulher de Hitler não tinha tantos pelos em baixo do braço, então a informação não seria verídica. Porém, visto tudo isso, se o perito tiver autoridade para atestar que o quadro é genuíno, ou seja, que ele é verídico e autêntico, ele também poderá ser considerado legalmente autêntico.
Os diários de Hitler:
Vários peritos atestaram a autenticidade desses diários, mas num certo momento utilizaram a carta também produzida falsamente para atestar com mais precisão sua autenticidade e veracidade. Devido a isso eles poderiam ser considerados legalmente autênticos, mas não o foram, logo que, após a publicação da revista, a farsa foi desmascarada. Eles não são verídicos nem historicamente autênticos porque as histórias contadas não foram vividas por Hitler e sim pelo falsário. Também não são diplomaticamente autênticos. Como vimos no filme, o F colocado no lugar do A, de Adolf, gerou algumas discussões a respeito da autenticidade dos diários. Também após a publicação da revista atestaram que a idade do papel utilizado não poderia ser compatível com a época em que Hitler supostamente os escrevera. Portanto não são nem legalmente, nem historicamente, nem diplomaticamente autênticos muito menos verídicos.
A carta de Hitler que atesta a autenticidade dos diários, pedida ao Prof. Knobel, quando ele estava com um surto de febre.
Como foi dito anteriormente essa carta foi utilizada para atestar a autenticidade dos diários. Mas somente um elemento foi questionado, a grafia. Diplomaticamente falando, todos os elementos desses documentos deveriam ser estudados para que sua autenticidade fosse comprovada. E legalmente falando, esses documentos deveriam ser diplomaticamente autênticos e verídicos para que possuíssem fé pública. A autenticidade histórica está ligada somente ao conteúdo dos documentos, por isso, se são historicamente autênticos também são verídicos. De certa forma as informações desses documentos são verídicas quando ligadas ao falsário, mas já que todos se referem a Hitler não podem ser considerados verdadeiros. Essa carta durante certo momento foi considerada autêntica, mas creimos que uma futura análise do papel e dos elementos internos e externos do documento tenha excluído essa possibilidade. Do nosso ponto de vista ela é legalmente, diplomaticamente e historicamente inautêntica e não é verídica, pois, não foi Hitler que vivenciou tais informações contidas nela, nem a assinatura pertence a ele, nem a grafia. Para o falsário ela é verídica porque ele as vivenciou, para a história não.
Para concluir:
Achamos que os documentos até podem ser considerados, por um certo momento, diplomática e legalmente autênticos mas só até o momento em que são descobertos que são falsos. Mas não são verídicos e nem historicamente autênticos, exceto o quadro que tem uma questão peculiar. E se esse quadro pintado por Hitler realmente existe? Então o quadro falso poderá ser uma réplica e por isso verídico e historicamente autêntico? Será?
Sobre o quadro não acho que ele tenha existido, no filme menciona que Hitler gostava de pintar, mas deve-se notar que o perito que diz que ele é autentico e verídico, pelo menos a meu ver, simplesmente queria mostrar ter estado presente na vida de Hitler. Nota-se isso no decorrer do filme, onde se falava mentiras descabidas e ele sempre as confirmava como verídicas. Isso ocorreu pelo fato de não ter coragem de falar que não participou de um acontecimento que pode ter ocorrido na vida de Hitler.
Agora caso toda a minha linha de raciocínio esteja errada e o quadro realmente existiu, diria que mesmo assim o quadro pintado pelo falsário, não é nem autentico e nem verídico. Porque o fato de que a réplica feita por ele não representava a realidade do outro quadro, já que ele não teve acesso ao quadro original (se realmente existiu).